domingo, 8 de março de 2009

8 de março


História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm

Por isso hoje é um dia em que não quero receber flores, não quero receber "tranformação" e corte de cabelo de graça. Não quero fotos de homens lindos pelados (apesar de gostar muito de ver), neste dia quero ver as mudanças. Quero ver que não recebemos menos por sermos mulheres (notem a data da reivindicação acima), não quero mais ser agredida fisicamente ou verbalmente por um homem que me acha fraca. Quero poder denunciar agressões e abusos em delegacias sem receber olhares que dizem: "vagabunda, deve gostar de apanhar" ou "fica provocando e quando te pegam pegam se faz de santa". Quero ver que não sou chamada de vagabunda por adotar algumas atitudes. Quero ver minha sexualidade respeitada. Quero que a empresa em que eu trabalhe não me descrimine por estar grávida ou por voltar da licença maternidade (que vejo não como um direito meu, mas um direito do meu filho). Quero poder dirigir sem receber olhares ou piadinhas. Quero poder ter o direito de escolher continuar ou não uma gravidez sem ser "escomungada".
Mulheres, hoje é um dia para repensarmos nossas atitudes. Vamos defender o que acreditamos sem medo de olhares e comentários.

Como exemplo coloco a letra da música de uma das mulheres que mais admiro. Anita Garibaldi - Catarinense que participaou ativamente da República Juliana (SC), que occorreu como extensão a Revolução Ferroupilha (RS).

Anita Garibaldi
Composição: Indisponível

Na beira da praia na longínqua Itália
Anita contempla as ondas do mar
A mão poderosa de louro pirata
Levou-a pra longe da terra natal

(Anita morena da pele macia
Amante de noite soldado de dia
Um filho no braço no outro um fuzil
Um filho no braço no outro um fuzil)

Guerreira farrapa guerreira uruguaia
Guerreira italiana rolando na cama
Guerreira farrapa guerreira uruguaia
Nos braços de um homem com cheiro de mar

Anita menina da verde laguna
Mulher farroupilha legaste tua fibra
Fizeste tuas filhas a todas mulheres
A todas mulheres do sul do Brasil

Um filho no braço no outro um fuzil

3 comentários:

  1. Que blog fofo menina, amei. Li algumas coisas e achei o máximo, vamos fazer parceria? ou mesmo posso colocar seu blog em meus favoritos?

    Aguardo seu retorno.
    bjos

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  2. Porra, alguém tinha que falar isso...

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  3. não conheci anita garibaldi mas pelas historia que falam ela foi uma mulher valente linda e sensual,

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